A
minha infância foi marcada por muitas brincadeiras, brincadeiras estas, que
deixaram cicatrizes (das quedas), as quais eu carrego até hoje. Eu amava
correr. Corria para ir ao supermercado, dentro de casa, em aniversários,
casamentos, formaturas e até mesmo em velórios. Não tinha tempo ruim, qualquer
oportunidade que eu tinha, estava correndo. Recordo-me de um fato, o qual eu
não esqueço, pois sempre que olho para a cicatriz no joelho, lembro-me de como
aconteceu. Minha mãe havia mandado eu ir ao supermercado comprar um lanche para
comermos, minha casa não ficava distante, só era dar alguns passos e chegava
dentro de 2 minutos, mas como correr era um “hobby” para mim, fui correndo. Sempre
ia pela calçada, visto que, a rua era movimentada. Enquanto corria, tropecei em
uma pedra e acabei caindo na frente da casa de uma mulher, a qual a porta
estava cheio de cacos de vidros. No momento da queda, consegui apoiar as duas
mãos no chão para proteger o meu rosto, mas o joelho acabou entrando em atrito
com o chão e o vidro, o que ocasionou em um enorme corte. Fiquei alguns dias
sem conseguir andar direito, porque o local da ferida ficou inflamado e eu
sentia fortes dores. Depois da recuperação, não corria como antes, apenas nos
casos das brincadeiras que exigisse que a pessoa corresse.
Fui
uma criança muito feliz e, diga-se de passagem: “brincadeira de criança, como é
bom”. Anísio Teixeira enfatizou a importância de a criança pré-escolar ser vista não apenas sob o ângulo da saúde física, pois seu crescimento, seu desenvolvimento e a formação de seus hábitos envolveriam “facetas pedagógicas como habilidades mentais, socialização e importância dos brinquedos” (Brites, 1999, p. 81). Os brinquedos tinham um enorme significado para mim, pois eu conseguia imaginar várias situações e isso foi muito rico para o meu desenvolvimento enquanto criança.
Lembro-me que o único momento ruim da minha infância era quando a minha mãe não deixava eu sair para brincar com os meus amigos na rua ou quando ela me gritava mandando entrar, pois já estava muito tarde para ficar “perambulando” pela rua. Eu amava sair para brincar de esconde-esconde, pega-pega, elástico, amarelinha, boca de forno, bambolê, pique alto, mamãe da rua, sete cacos, policia e ladrão, telefone sem fio, abc cidade, panelinha, boneca entre outras brincadeiras. Pegava os cremes e a hidratação da minha mãe escondido para passar no cabelo das bonecas e quando ela perguntava quem havia pegado, eu fingia que nem estava ouvindo, até um dia ser flagrada e levar uns tapinhas no bumbum.
Lembro-me que o único momento ruim da minha infância era quando a minha mãe não deixava eu sair para brincar com os meus amigos na rua ou quando ela me gritava mandando entrar, pois já estava muito tarde para ficar “perambulando” pela rua. Eu amava sair para brincar de esconde-esconde, pega-pega, elástico, amarelinha, boca de forno, bambolê, pique alto, mamãe da rua, sete cacos, policia e ladrão, telefone sem fio, abc cidade, panelinha, boneca entre outras brincadeiras. Pegava os cremes e a hidratação da minha mãe escondido para passar no cabelo das bonecas e quando ela perguntava quem havia pegado, eu fingia que nem estava ouvindo, até um dia ser flagrada e levar uns tapinhas no bumbum.
Demorei muito para
“amadurecer”, pois todos me vinham como uma criança que gosta de dar risada de
tudo, de brincar, de “traquinar” de fazer coisas que marcam a identidade da
criança e da infância. Ainda hoje, me pego fazendo coisas que costumava fazer
quando eu ainda era criança, principalmente as brincadeiras que já foram
citadas. Sempre que tenho um tempinho, tento me reunir com os meus amigos e
primos para recordar esses momentos tão mágicos e prazerosos, que me fazem
esquecer até mesmo dos problemas do dia a dia.